Às vezes vem de fora a razão, pedaço de intrusão que semente e germe em árvores hierárquicas de sons iluminados pela lâmpada de Alá, digno denota quando detona a explosão de ar inchado de orgulho pátrio e mau trio admira que não saibas as últimas derradeiras invenções ocasionais da sociedade com sumo de fruta da época clássica. Eu vi, com estes olhos que a terra há-de temer por serem escuros de luz negra fechada no subterrâneo ruidoso minado de nome e nado vivo a treze desmaio cansado de tanta importância despedida por mau apartamento com duas ou mais atoalhadas combinações de certezas com rigor mortis e funeral combinado dois em um vitalício para sempre ou até que a sorte os separe nas fases orgânicas e angulosas do ritmo concêntrico, como é possível que não aconteça nada quando acontece alguma coisa que não esperamos que seja o que já aconteceu e então vemos que não. Foi assim de madrugada a cama destapada e o sol esfrangalhado dançando perdido pelo éter retumbante de ondas com vozes misturadas de imagens gastas e fartas de serem cera que derrete outra vez numa forma deformada e parada, sem olhos, sem mãos, sem carteira nem beira mar plantado de urgência numa viagem a pé ante pé até ao fim da linha âncora e corrente de lava mais branco que a neve que derrete o mais endurecido dos ruminantes enfiados contra as tábuas com dores de cabeça repetidas até o vermelho se embaciar de negro e derrubar outro ditador no ciclo infernal de casas alugadas aos seis meses de véspera por não saber que logo a seguir há uma nesga de céu por onde passa trincada às doze baldadas que se esqueceram que tinham marcado um encontro com o destino e o tino que se entregou à sorte grande para saber mais do que os outros que gostavam de se esquecer que viviam para lá do que era possível e não era possível aparecer nem ser na têvê que só vê o que é mais perto do que é aviltante e não esquece que é verdade o que já passou há muitos anos quando ainda aconteciam coisas bizarras à porta de cada casa e não era preciso importar galões de gasolina para peregrinar as ilusões. Mas, e há sempre um mastim que é fiel e por isso morde com precisão enquanto defende o seu bem e os bens dos que são bem e sabem bem onde está o bem e como está bem de ver não interessa onde se quer chegar quando não se quer chegar a lado algum mas se sabe por interposta pessoa que há quem conte à noite os contos que tinham ficado por contar na manhã anterior e com tudo isso se agradeça ao seu a seu dono do mundo e arredores e nós, que ficamos apegados às coisas fúteis da diversidade que há na cidade e da diversão que há na são tomamos com o olhar que não vê porque é melhor não ver do que nevar à noite quando ainda o frio do riso quente se sente a brilhar no modelo incontinente da tal razão que vem de fora e só estorva.
domingo, maio 13, 2007
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2 comentários:
Olá Prólogo,
Um dos teus textos mais alucinantes, tão cheio e afim de fingir que só está a encher a página de coisa nenhuma, porque, ao cabo e ao resto, faz de conta que não há nada que valha a pena, senão a pena de não haver outra coisa que não seja o ruído, que é como classificas o texto indescritível que escreveste.
Será que alguém seria capaz de inventar-te, se não existisses?
Beijo.
A carvalhosa poupou-me o trabalho:) que teria não fora ela comentar primeiro o que me ocorre dizer face ao texto que não sendo claro não deixa de ser interessante, claro, ainda que a razão que aqui me trouxe seja deixar um abraço e eventuais beijinhos à turma que há dois anos vem blogando zumbindo, cantando e rindo.
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